PARABÉNS AOS ALUNOS E A TODOS OS PROFISSIONAIS DO COLÉGIO SÃO PAULO!
10 MELHORES ESCOLAS COM PARTICIPAÇÃO DE 50% A 74,9% NO ENEM 2010
Nome da escola
Rede
Média total
Taxa de participação
Colégio São Paulo
Privada
696,81
70
Colégio Anchieta
Privada
695,5
65,9
Instituto Federal de Educação e Tecnologia da Bahia
Pública
682,15
54,8
Instituto Social da Bahia
Privada
681,39
68,7
Colégio Módulo
Privada
670,33
68,7
Colégio Militar de Salvador
Pública
668,05
62,1
Escola Frei Henrique de Coimbra
Privada
667,84
73,3
Colégio SartreCOC
Privada
665,65
61,9
Instituto Federal da Bahia Campus Eunápolis
Pública
649,6
66,7
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia
Pública
646,96
55,1
Por Fernanda Polonio
No terceiro dia de Enecult, o professor Paulo Miguez apresentou a palestra do jornalista e escritor Mia Couto, enfatizando o lugar de destaque do convidado na atual literatura de língua portuguesa. Miguez relatou o período em que conviveu com a geração de Mia Couto em Moçambique e diz que todos eles podem ser chamados de ex-combatentes.
Mia Couto iniciou sua fala ressaltando a familiaridade que tem com o Brasil e apresentou seu texto sobre cultura e desenvolvimento. Ele afirmou que os conceitos são trabalhados de formas diferentes a depender da língua de cada região. “As palavras cultura e desenvolvimento deveriam ser faladas sempre no plural, já que cada cultura é feita de várias outras”, afirmou Mia.
Para Mia, o problema para o entendimento de um povo não é de ordem lingüística, mas de ordem funcional e lógica. Ele explicou que, em Moçambique, o futuro é visto como território sagrado e falar sobre ele é transgredir esse território dos deuses, um contraponto com uma cultura que vive de prever acontecimentos como a brasileira. Outro fato curioso é que no país africano não é permitido falar a palavra “não” e dar respostas negativas a perguntas, o que dificultou suas pesquisas. Essas histórias ilustraram as diferença entre as culturas e que seu entendimento vai além dos fatos visíveis e que são divulgados na mídia.
Mia enfatizou que temos que construir uma cultura moderna, mas costurando o passado com o presente de forma democrática. Para ele, o crescimento é algo que só pode acontecer se existir harmonia. A capacidade de escutar os outros, a capacidade de perceber o que significa o silêncio, construir vizinhos, ser feliz em circunstâncias duras, tudo isso, segundo o escritor, ensina as pessoas a perceberem a cultura através do modo de vida de seu povo. Mia Couto terminou dizendo que, na atualidade, o maior trabalho em todo canto do mundo é o de reabilitar a esperança.
BONS AMIGOS
Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!
Machado de Assis
8ºano B((Caio Mattos,Gabriel Ferreira,Gabriel Gomes,Gustavo Farias,Lucas Canuto)
Toy Story - Amigo Estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Se a fase é ruim
E são tantos problemas que não tem fim
Não se esqueça que ouviu de mim
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Os seus problemas são meus também
E isso eu faço por você e mais ninguém
O que eu quero é ver o seu bem
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Os outros podem ser até bem melhores do que eu
Bons brinquedos são
Porém, amigo seu é coisa séria
Pois é opção do coração (viu?)
O tempo vai passar
Os anos vão confirmar
Às três palavras que eu proferi
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
autor : disney
8ºano A (Maurício Ricci, Lucca Tosto, João Gabriel, Eduardo fernandez, Gabriel Ricci, Breno Ricci)
"PRECISO DE ALGUÉM
Que me olhe nos olhos quando falo.Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência.Preciso de alguém, que venha brigar ao meu lado sem precisar ser convocado; alguém Amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odiá-lo por isso.Neste mundo de céticos, preciso de alguém que creia, nesta coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível de encontrar: A Amizade.Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa.Preciso de um Amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida.Mesmo que isto seja pouco para as suas necessidades.Preciso de um Amigo que também seja companheiro, nas farras e pescarias, nas guerras e alegrias, e que no meio da tempestade, grite em coro comigo:"Nós ainda vamos rir muito disso tudo"Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher o meu Amigo.E nessa busca empenho a minha própria alma, pois com uma Amizade Verdadeira, a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela..."
Charles Chaplin
8ºano C (Rafaela, Mariana, Julia Serra e Bia Dumêt )
PARABÉNS AOS ALUNOS E A TODOS OS PROFISSIONAIS DO COLÉGIO SÃO PAULO!
10 MELHORES ESCOLAS COM PARTICIPAÇÃO DE 50% A 74,9% NO ENEM 2010 | |||
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Nome da escola | Rede | Média total | Taxa de participação |
Colégio São Paulo | Privada | 696,81 | 70 |
Colégio Anchieta | Privada | 695,5 | 65,9 |
Instituto Federal de Educação e Tecnologia da Bahia | Pública | 682,15 | 54,8 |
Instituto Social da Bahia | Privada | 681,39 | 68,7 |
Colégio Módulo | Privada | 670,33 | 68,7 |
Colégio Militar de Salvador | Pública | 668,05 | 62,1 |
Escola Frei Henrique de Coimbra | Privada | 667,84 | 73,3 |
Colégio SartreCOC | Privada | 665,65 | 61,9 |
Instituto Federal da Bahia Campus Eunápolis | Pública | 649,6 | 66,7 |
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia | Pública | 646,96 | 55,1 |
Por Fernanda Polonio
No terceiro dia de Enecult, o professor Paulo Miguez apresentou a palestra do jornalista e escritor Mia Couto, enfatizando o lugar de destaque do convidado na atual literatura de língua portuguesa. Miguez relatou o período em que conviveu com a geração de Mia Couto em Moçambique e diz que todos eles podem ser chamados de ex-combatentes.
Mia Couto iniciou sua fala ressaltando a familiaridade que tem com o Brasil e apresentou seu texto sobre cultura e desenvolvimento. Ele afirmou que os conceitos são trabalhados de formas diferentes a depender da língua de cada região. “As palavras cultura e desenvolvimento deveriam ser faladas sempre no plural, já que cada cultura é feita de várias outras”, afirmou Mia.
Para Mia, o problema para o entendimento de um povo não é de ordem lingüística, mas de ordem funcional e lógica. Ele explicou que, em Moçambique, o futuro é visto como território sagrado e falar sobre ele é transgredir esse território dos deuses, um contraponto com uma cultura que vive de prever acontecimentos como a brasileira. Outro fato curioso é que no país africano não é permitido falar a palavra “não” e dar respostas negativas a perguntas, o que dificultou suas pesquisas. Essas histórias ilustraram as diferença entre as culturas e que seu entendimento vai além dos fatos visíveis e que são divulgados na mídia.
Mia enfatizou que temos que construir uma cultura moderna, mas costurando o passado com o presente de forma democrática. Para ele, o crescimento é algo que só pode acontecer se existir harmonia. A capacidade de escutar os outros, a capacidade de perceber o que significa o silêncio, construir vizinhos, ser feliz em circunstâncias duras, tudo isso, segundo o escritor, ensina as pessoas a perceberem a cultura através do modo de vida de seu povo. Mia Couto terminou dizendo que, na atualidade, o maior trabalho em todo canto do mundo é o de reabilitar a esperança.
Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!
Toy Story - Amigo Estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Se a fase é ruim
E são tantos problemas que não tem fim
Não se esqueça que ouviu de mim
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Os seus problemas são meus também
E isso eu faço por você e mais ninguém
O que eu quero é ver o seu bem
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Os outros podem ser até bem melhores do que eu
Bons brinquedos são
Porém, amigo seu é coisa séria
Pois é opção do coração (viu?)
Os anos vão confirmar
Às três palavras que eu proferi
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Amigo estou aqui
Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...
Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.
Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.
Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!
Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.
Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.
Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.
Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,
Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.
Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.
Ei! Você... não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe.
Charles Chapling
8ºano C (Beatriz Faddoul, Daniel,Giuliana,Gulherme,Oscar)
Amizade se define assim:
8ºano A( Joana, Íris,Rafael Lobão, João Victor, Alexis,Daniel)
A amizade consegue ser tão complexa...
Deixa uns desanimados, outros bem felizes...
É a alimentação dos fracos
É o reino dos fortes
Faz-nos cometer erros
Os fracos deixam se ir abaixo
Os fortes erguem sempre a cabeça
os assim assim assumem-os
Sem pensar conquistamos
O mundo geral
e construimos o nosso pequeno lugar
deixando brilhar cada estrelinha
Estrelinhas...
Doces, sensiveis, frias, ternurentas...
Mas sempre presentes em qualquer parte
Os donos da Amizade...
Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um do outro há de lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
Albert Einstein
8ºano C (Juliana, Clara,Beatriz,Caio e Vitor)
A COMPLICADA ARTE DE VER
RUBEM ALVES
Ela entrou, deitou-se no divã e disse: “Acho que estou ficando louca”. Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. “Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões – é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões… Agora, tudo o que vejo me causa espanto.”
Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as “Odes Elementales”, de Pablo Neruda. Procurei a “Ode à Cebola” e lhe disse: “Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: ‘Rosa de água com escamas de cristal’. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta… Os poetas ensinam a ver”.
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.
William Blake sabia disso e afirmou: “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.
Adélia Prado disse: “Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra”. Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.
Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. “Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios”, escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada “satori”, a abertura do “terceiro olho”. Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: “Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram”.
Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, “seus olhos se abriram”. Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em “Operário em Construção”: “De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa – garrafa, prato, facão – era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção”.
A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas – e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam… Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.
Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: “A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas”.
Por isso – porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver – eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar “olhos vagabundos”…
O texto acima foi extraído da seção “Sinapse”, jornal “Folha de S.Paulo”, versão on line, publicado em 26/10/2004.